Na última semana da COP30, realizada em Belém do Pará, o jovem amazonense Netto Santos participa ativamente da delegação brasileira, levando ao maior evento climático do planeta uma pauta urgente e necessária: o direito da Amazônia de falar por si mesma.
Com uma trajetória dedicada à educomunicação e à inovação social, Netto apresenta na Conferência o Projeto de Letramento Digital Amazônico, iniciativa que já implantou dois mini laboratórios de tecnologia em comunidades indígenas do Amazonas. O objetivo é formar jovens e lideranças locais em inteligência artificial, programação, negócios digitais e uso ético da tecnologia, garantindo que a transformação digital alcance também os povos da floresta.
O projeto é resultado da parceria entre a DiversiData, a LinuxTips e a Makira-e’ta – Rede de Mulheres Indígenas do Amazonas, por meio do projeto FIMI. As instituições apoiam desde a montagem dos laboratórios até a formação de instrutores comunitários, ampliando a autonomia digital das aldeias envolvidas.
Segundo Netto, é fundamental que as tecnologias emergentes estejam alinhadas às realidades amazônicas:
“Em uma era dominada pela inteligência artificial, quem vive na floresta não pode ficar de fora. A tecnologia pode — e deve — estar a serviço dos amazônidas.”
Tecnologia que nasce da floresta
Os laboratórios já implantados têm potencial para impactar centenas de pessoas. Além das formações tecnológicas, o projeto inclui ações para geração de renda, fortalecimento de negócios comunitários e uso da tecnologia como aliada na preservação da floresta.
A proposta conecta saberes tradicionais e inovação, transformando a Amazônia em um território ativo de produção de conhecimento e soluções climáticas.
Amazônia protagonista na COP30
A presença de Netto na COP30 simboliza o encontro entre a realidade amazônica e os debates globais sobre o clima. Diante de líderes e especialistas internacionais, ele reforça que a Amazônia não é apenas cenário das discussões — é sujeito delas.
“Participar da COP é importante, mas mais importante ainda é mostrar que a juventude amazônida produz inovação e soluções de impacto. Falar da Amazônia é nosso direito”, afirma.
Jornalista, educomunicador e entusiasta de projetos que unem tecnologia, educação e comunidades, Netto carrega consigo a missão de ampliar oportunidades para jovens amazônidas e fortalecer iniciativas que nascem dentro da floresta.
Sua presença na COP30 reforça que o futuro climático do planeta depende também da autonomia, da voz e do protagonismo dos povos amazônicos.


